A
ESCALADA DA TECNOLOGIA DIGITAL NA EDUCAÇÃO:
Reflexões
sobre a aprendizagem híbrida
Nayana Shirado[1]
Resumo
O estudo lança luz sobre a compreensão do
ensino híbrido ou blended learning e os benefícios desse tipo de
aprendizagem em sala de aula, a partir do aporte teórico de Abreu; Machado (2018), Bacich;
Moran (2015) e Castro et al (2015), no que tange à implementação do
hibridismo educacional em termos de novas tecnologias. Conclui que a escalada
das tecnologias digitais de informação e comunicação impulsiona a migração do sistema
educacional tradicional para um aprendizado autoral, interativo e colaborativo.
Palavras-chave: Tecnologias.
Educação. Ensino Híbrido.
O uso de Tecnologias
Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) numa sociedade cada vez mais
plural, multicultural e complexa, implica alteração em vários domínios sociais,
principalmente na educação. É inegável que a interação de professores e alunos
sofre impacto direto pelo acesso às tecnologias digitais. Nesse diapasão, mostra-se relevante,
no contexto educacional um estudo sobre a sobre a compreensão do ensino híbrido ou blended learning e os
benefícios desse tipo de aprendizagem em sala de aula.
A estratégia de pesquisa contemplou
o levantamento bibliográfico a partir dos estudos de Abreu, Machado (2018); Bacich,
Moran (2015) e Castro et al (2015), no que tange à implementação do
hibridismo educacional em termos de novas tecnologias, para refletir sobre a
importância dessa estratégia para a construção de caminhos do saber personalizados.
O
termo “híbrido” é plurissemântico, pois designa a mistura entre vários espaços,
tempos, atividades, metodologias e públicos, num contexto de uma sociedade
imperfeita e de uma educação contraditória (Bacich, Moran, 2015; Castro et al,
2015). Esse caldeirão
de misturas, no campo da educação, é frequentemente associado à prática de adotar
mais de uma metodologia no mesmo sistema de ensino.
Abreu; Machado (2018)
destacam que o hibridismo tangencia conceitos e experiências variados na construção
de seu modelo e propõe a afirmação da autonomia e a responsabilidade dos atores
envolvidos para obter resultados significativos em termos de ensino e de aprendizagem.
O
ensino híbrido ou blended learning promove um choque no sistema
tradicional, na medida em que retira professores e alunos de zonas de conforto, quer porque
constrói o conhecimento dialogado, ativo e colaborativo, quer porque exige que ambos
os públicos se familiarizem com as novas tecnologias educacionais e
desenvolvam a capacidade de manipular, interagir e produzir conteúdo em ambiente
virtual.
A escalada das TDICS impulsiona a migração
do sistema educacional tradicional para um aprendizado autoral, interativo e
colaborativo, a demandar do professor formação continuada, diante de um cenário
em que o aprender, o fazer e o conhecer se associam de forma umbilical em torno
das novas tecnologias.
Dessa forma, há muito a ser pensado
para implementar uma cultura de hibridismo na educação, considerando uma variedade de fatores que
impactam diretamente na eficácia dessa estratégia: o desaparelhamento
tecnológicos do ambiente escolar, a área e a forma de atuação de cada professor,
a resistência de professores e de alunos às novas tecnologias em sala de aula. Não há fórmulas já testadas e
aprovadas, que possam satisfazer as expectativas de todos os públicos, mas o
primeiro passo está em buscar aprimorar as práticas atuais.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Abreu, Zilpa Helena Lovisi de; Machado,
Annaelise Fritz. (2018) A educação híbrida no ensino superior: uma abordagem
ao modelo de ensino Estácio-Brasil. Estação
Científica, Juiz de Fora, v. 19, p. 1-13, jun. 2018.
Semestral. Disponível em: https://portal.estacio.br/media/3730413/a-educa%C3%A7%C3%A3o-h%C3%ADbrida-no-ensino-superior.pdf.
Acesso em: 12 jun. 2020.
Bacich, Lilian; Moran, José (2015).
Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, Porto Alegre,
v. 25, p. 45-47, jun. 2015.
Castro, Eder Alonso et al.
(2015) Ensino híbrido: desafio da contemporaneidade ? Periódico Científico Projeção e Docência, Brasília, v. 6,
n. 2, p. 47-58.
[1] Graduação em Direito. Licenciatura em Letras Inglês. Especialização em
Mídias na Educação, Tutoria em EAD e Docência do Ensino Superior. Mestranda em
Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. Email disponível no blog.