sábado, 13 de junho de 2020

Artigo: A escalada da tecnologia digital na educação: Reflexões sobre a aprendizagem híbrida



A ESCALADA DA TECNOLOGIA DIGITAL NA EDUCAÇÃO:
Reflexões sobre a aprendizagem híbrida
Nayana Shirado[1]
Resumo
O estudo lança luz sobre a compreensão do ensino híbrido ou blended learning e os benefícios desse tipo de aprendizagem em sala de aula, a partir do aporte teórico de Abreu; Machado (2018), Bacich; Moran (2015) e Castro et al (2015), no que tange à implementação do hibridismo educacional em termos de novas tecnologias. Conclui que a escalada das tecnologias digitais de informação e comunicação impulsiona a migração do sistema educacional tradicional para um aprendizado autoral, interativo e colaborativo.
Palavras-chave: Tecnologias. Educação. Ensino Híbrido.

O uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) numa sociedade cada vez mais plural, multicultural e complexa, implica alteração em vários domínios sociais, principalmente na educação. É inegável que a interação de professores e alunos sofre impacto direto pelo acesso às tecnologias digitais. Nesse diapasão, mostra-se relevante, no contexto educacional um estudo sobre a sobre a compreensão do ensino híbrido ou blended learning e os benefícios desse tipo de aprendizagem em sala de aula.
A estratégia de pesquisa contemplou o levantamento bibliográfico a partir dos estudos de Abreu, Machado (2018); Bacich, Moran (2015) e Castro et al (2015), no que tange à implementação do hibridismo educacional em termos de novas tecnologias, para refletir sobre a importância dessa estratégia para a construção de caminhos do saber personalizados.
O termo “híbrido” é plurissemântico, pois designa a mistura entre vários espaços, tempos, atividades, metodologias e públicos, num contexto de uma sociedade imperfeita e de uma educação contraditória (Bacich, Moran, 2015; Castro et al, 2015). Esse caldeirão de misturas, no campo da educação, é frequentemente associado à prática de adotar mais de uma metodologia no mesmo sistema de ensino.
Abreu; Machado (2018) destacam que o hibridismo tangencia conceitos e experiências variados na construção de seu modelo e propõe a afirmação da autonomia e a responsabilidade dos atores envolvidos para obter resultados significativos em termos de ensino e de aprendizagem.
O ensino híbrido ou blended learning promove um choque no sistema tradicional, na medida em que retira professores e alunos de zonas de conforto, quer porque constrói o conhecimento dialogado, ativo e colaborativo, quer porque exige que ambos os públicos se familiarizem com as novas tecnologias educacionais e desenvolvam a capacidade de manipular, interagir e produzir conteúdo em ambiente virtual.
A escalada das TDICS impulsiona a migração do sistema educacional tradicional para um aprendizado autoral, interativo e colaborativo, a demandar do professor formação continuada, diante de um cenário em que o aprender, o fazer e o conhecer se associam de forma umbilical em torno das novas tecnologias.
Dessa forma, há muito a ser pensado para implementar uma cultura de hibridismo na educação, considerando uma variedade de fatores que impactam diretamente na eficácia dessa estratégia: o desaparelhamento tecnológicos do ambiente escolar, a área e a forma de atuação de cada professor, a resistência de professores e de alunos às novas tecnologias em sala de aula. Não há fórmulas já testadas e aprovadas, que possam satisfazer as expectativas de todos os públicos, mas o primeiro passo está em buscar aprimorar as práticas atuais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Abreu, Zilpa Helena Lovisi de; Machado, Annaelise Fritz. (2018) A educação híbrida no ensino superior: uma abordagem ao modelo de ensino Estácio-Brasil. Estação Científica, Juiz de Fora, v. 19, p. 1-13, jun. 2018. Semestral. Disponível em: https://portal.estacio.br/media/3730413/a-educa%C3%A7%C3%A3o-h%C3%ADbrida-no-ensino-superior.pdf. Acesso em: 12 jun. 2020.

Bacich, Lilian; Moran, José (2015). Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, Porto Alegre, v. 25, p. 45-47, jun. 2015.

Castro, Eder Alonso et al. (2015) Ensino híbrido: desafio da contemporaneidade ? Periódico Científico Projeção e Docência, Brasília, v. 6, n. 2, p. 47-58.


[1] Graduação em Direito. Licenciatura em Letras Inglês. Especialização em Mídias na Educação, Tutoria em EAD e Docência do Ensino Superior. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. Email disponível no blog.

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